Os ministros das Relações Exteriores de Venezuela e Brasil, Yván Gil e Mauro Vieira, respectivamente, ratificaram os “laços de amizade e respeito mútuo” entre seus países em um encontro realizado durante a XV Reunião de Ministros das Relações Exteriores da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que está sendo realizada no Suriname, informou nesta segunda-feira (03) um representante de Caracas.
“Este encontro nos permitiu reafirmar nossos laços de amizade e respeito mútuo pela soberania de nossos povos”, disse Gil por meio de seu canal no Telegram.
Segundo a OTCA — formada por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela — o encontro de chanceleres tem como objetivo “fortalecer a cooperação regional e avançar na agenda de conservação e desenvolvimento sustentável da Amazônia”.
Em outra publicação no Telegram, Gil ressaltou que a reunião da organização é “fundamental para abordar a cooperação regional em prol da conservação e do desenvolvimento sustentável da Amazônia, recurso vital para a humanidade”.
Ele também explicou que a Venezuela está apresentando seu plano de “transformação ecológica” para “reorganizar a produção e o consumo capitalista”, com o objetivo – acrescentou – de “enfrentar efetivamente” a crise climática.
A reunião entre os chanceleres ocorreu após troca de declarações entre Caracas e Brasília, quando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse não reconhecer a reeleição de Nicolás Maduro nas eleições disputadas em 28 de julho do ano passado.
Na última segunda, Maduro negou que haja uma crise com o Brasil, mas sim o que chamou de “divergências” entre as chancelarias de ambas as nações.
Desde que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) – órgão que faz parte do regime – declarou a vitória de Maduro nas eleições presidenciais, considerada fraudulenta pela oposição e governos democráticos, Lula tentou mediar a crise pós-eleitoral e apelou às autoridades venezuelanas para publicar as atas eleitorais, um pedido que foi ignorado.
Após a posse de Maduro, Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron, pediram ao líder venezuelano que retomasse o diálogo com a oposição para tornar possível “o retorno da democracia e da estabilidade” no país.
Tanto Lula quanto o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que também tentou mediar a crise pós-eleitoral, não reconhecerão a vitória declarada de Maduro na eleição presidencial até que o CNE apresente as atas eleitorais.
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