Hugo Motta imita diversos atos de Ulysses Guimarães durante posse de presidência na Câmara

O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) tomou posse como presidente da Câmara dos Deputados no sábado (1º) e utilizou seu discurso para reforçar a importância do Legislativo na democracia brasileira. Em sua fala, Motta citou o ex-deputado federal Ulysses Guimarães, reproduzindo gestos e declarações marcantes do ex-presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1988.

Ao longo da cerimônia, o parlamentar paraibano ergueu um exemplar da Constituição Federal, assim como fez Ulysses no momento da promulgação da Carta Magna, há mais de três décadas. O novo presidente da Câmara enfatizou a relevância do Congresso Nacional na construção e preservação do regime democrático, declarando que “não existe ditadura com parlamento forte”.

Além do gesto simbólico, Motta evocou uma das frases mais conhecidas de Ulysses Guimarães, afirmando que tem “ódio e nojo à ditadura”. A citação gerou reações no plenário, incluindo manifestações de parlamentares alinhados ao governo federal, que ecoaram gritos de “sem anistia”.

O discurso de Motta também abordou a relação entre os Poderes, destacando a necessidade de manter o equilíbrio institucional e a cooperação entre Executivo e Legislativo.

O parlamentar defendeu o protagonismo do Congresso na gestão orçamentária, reforçando que não se pode recuar em relação às emendas parlamentares e ao controle do orçamento. Para respaldar sua posição, recorreu novamente a Ulysses Guimarães, citando a máxima de que “muitos têm maior probabilidade de acertar do que um só”.

Trajetória política e alianças

A eleição de Hugo Motta para a presidência da Câmara contou com amplo apoio político, sendo viabilizada por uma coalizão que reuniu 18 partidos, do PT ao PL.

O deputado, que está em seu quarto mandato, começou sua trajetória política no MDB, partido em que permaneceu por mais de uma década antes de migrar para o Republicanos.

Aos 35 anos, Motta se torna o presidente mais jovem da história da Câmara dos Deputados e assume o cargo com a missão de manter a governabilidade em meio às tensões políticas entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Sua eleição também marca um momento inédito para seu partido, que pela primeira vez ocupará o cargo mais alto da Casa.

Desafios à frente

Entre os desafios que Hugo Motta enfrentará estão as negociações sobre a distribuição de emendas parlamentares e a autonomia do Congresso na destinação de recursos que tem sido barrados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O governo federal avalia que a atual sistemática de repasse de verbas ainda compromete o equilíbrio entre os Poderes, mesmo após o fim do chamado “orçamento secreto”.

Já Motta, por sua vez, argumenta que “o Parlamento jamais avançou em suas prerrogativas”, defendendo que o Legislativo tem um papel fundamental na definição dos rumos do país.

Além disso, sua presidência será testada em temas como a relação da Câmara com o STF, especialmente em debates que envolvem limites à atuação do Judiciário em matérias legislativas.

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