O ministro francês dos Territórios Ultramarinos, Manuel Valls, chegou à Nova Caledônia — ilha no Oceano Pacífico Sul, entre Austrália e Nova Zelândia — há um mês, para a segunda rodada de negociações entre o governo francês e líderes do povo Kanak. O objetivo é definir o futuro político do território.
Em visita anterior, Valls esteve na ilha entre 22 de fevereiro e 1º de março. Desta vez, ele prometeu permanecer até que um acordo seja alcançado.
As conversas ocorrem após os confrontos violentos de 2024, quando manifestantes bloquearam estradas, incendiaram comércios e resultaram na morte de rebeldes Kanak e policiais franceses.
Na sua primeira visita, Valls conseguiu fazer com que grupos pró e contra a independência concordassem em iniciar conversações. Foi a primeira vez que isso aconteceu desde 2021.
Em seguida, ele publicou o que chamou de “um documento sintético”, resumindo as opiniões de ambos os lados.
Apesar desse avanço, o ministro francês reiterou que a situação no território continua grave.
“Estamos andando na corda bamba sobre brasas”, disse Valls aos jornalistas antes de viajar para esta nova visita à ilha.
Embora suas principais preocupações sejam a situação econômica da Nova Caledônia, Valls também demonstrou apreensão com o clima tenso, o ressurgimento do “racismo [e] ódio”, a rápida deterioração dos serviços públicos de saúde e o aumento da pobreza causado pela crescente taxa de desemprego.
“Todos esses riscos estão presentes, e por isso é responsabilidade de todos encontrar um acordo”, afirmou Valls. “E eu ficarei o tempo que for necessário, e colocarei toda minha energia para que um acordo aconteça. Não por mim, por eles.”
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