Trump fala sobre tarifas, petróleo e geopolítica em sua primeira entrevista no Salão Oval

Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

WASHINGTON — Na segunda metade de sua primeira entrevista no Salão Oval, o presidente Donald J. Trump delineou mais de sua agenda no início de seu segundo mandato.

A transmissão de 23 de janeiro terminou com uma entrevista com o apresentador da Fox News, Sean Hannity. A primeira parte, que foi ao ar no dia anterior, abordou tudo, desde perdões para réus de 6 de janeiro até o TikTok e os recentes incêndios na Califórnia. Também abordou a desclassificação de registros relacionados aos assassinatos dos presidentes John F. Kennedy, Robert F. Kennedy e Martin Luther King, Jr.

A segunda metade dessa conversa abordou temas familiares para observadores atentos de Trump. As reservas de energia dos Estados Unidos, sua política externa e sua fronteira sul foram todos abordados, juntamente com a ferramenta favorita do presidente para obter vantagem econômica e geopolítica: as tarifas.

Trump creditou às tarifas a construção dos Estados Unidos durante a década de 1890, quando William McKinley era presidente.

“Ele tornou o país muito rico”, disse o presidente sobre McKinley.

Hannity perguntou sobre a relação entre os recursos de hidrocarbonetos dos Estados Unidos e sua economia. O presidente destacou que os Estados Unidos podem explorar mais petróleo e gás do que um de seus principais rivais.

“A China não tem isso”, disse ele. “Eles têm que sair à moda antiga e comprar”.

O boom do fraturamento hidráulico da década de 2010 transformou os Estados Unidos, há muito tempo dependentes da energia da Arábia Saudita e de outras nações, em um exportador líquido de energia. Por meio de suas ações até o momento, incluindo uma ordem executiva no primeiro dia anunciada como “liberando a energia dos Estados Unidos”, o presidente pretende expandir essa base abrindo mais perfurações em terras e águas federais e reformando as regras das agências consideradas inibidoras do setor de energia.

“Vamos nos tornar um país rico novamente, e a energia vai liderar o caminho”, disse Trump a Hannity.

Ele disse que a energia eólica e solar ficaria em segundo plano durante sua presidência.

“Não queremos moinhos de vento”, disse ele.

Trump disse que poderia fechar um acordo com a China por meio do uso, ou ameaça, de tarifas.

“Eles não os querem, e eu preferiria não ter que usá-los, mas é um poder tremendo sobre a China”, disse Trump.

O presidente também ameaçou impor tarifas à Rússia se ela não chegar logo a um acordo com a Ucrânia, sugerindo que o número de mortos no conflito poderia exceder as estimativas atuais.

O presidente disse a Hannity que a Rússia roubou os planos de mísseis hipersônicos dos EUA durante o governo Obama, acrescentando que os Estados Unidos estão agora trabalhando no que ele chamou de “mísseis super-hipersônicos”.

Trump também falou sobre uma recente ligação com o líder chinês Xi Jinping, caracterizando-o como “um homem muito ambicioso” e reiterando que os dois mantiveram um forte relacionamento até a pandemia da COVID-19.

Ele usou termos semelhantes para descrever o líder russo Vladimir Putin, embora tenha se recusado a confirmar se os dois haviam se falado desde que ele assumiu o cargo.

Trump fez uma distinção entre a China e a Rússia, dois grandes contrapesos aos Estados Unidos em um mundo cada vez mais multipolar, e o Irã, em desacordo com os Estados Unidos e Israel.

“O Irã é uma história diferente”, disse Trump. “Esse é um acordo religioso que é muito perigoso”.

As últimas tensões com o Irã ocorrem após décadas de guerras e conflitos por procuração dos EUA com Iraque, Síria, Afeganistão e outros países do Oriente Médio e atores não estatais, incluindo os rebeldes Houthi do Iêmen, que Trump designou como uma organização terrorista estrangeira por meio de uma ordem executiva de 22 de janeiro.

Hannity questionou o presidente sobre o Irã, perguntando se ele pretendia atacar as refinarias de petróleo do país.

“Eu nunca diria”, respondeu Trump, antes de enfatizar que o país não pode ser permitido a desenvolver uma arma nuclear.

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